sábado, 6 de setembro de 2014

Saudade

E hoje faz um ano. Ainda dói muito,  faz muita falta. 
Uma amiga querida, parceira. Gostava de reunir todo mundo e recebia a todos muito bem, tanto que todo mundo se sentia super a vontade na casa dela. Falava o que pensava, se ficava brava falava logo, mas não ficava remoendo rancor. Sabia acolher sem julgar, podia falar qualquer coisa pra ela, discreta, sabia guardar segredo.  Tinha um coração enorme, sempre pronta a ajudar os amigos, sempre podíamos contar com ela e se desdobrava até altas horas se fosse necessário. Até outro dia tinha as mensagens do "zapzap" dela guardadas, gostava de reler e rir das coisas que ela dizia. Entendia minhas brincadeiras, me chamava de intriguenta e usava palavras e jargões do Paraná que era uma delícia ouvir. Topava todos os programas, as vezes até os que pra ela eram de índio (como andar longas distâncias na praia) porque gostava de estar com os amigos. Era divertida e alegre, minha melhor companhia em programas como 25 de março e CEASA muito cedo ( mesmo quando teve que acordar super cedo e voltar ao CEASA de onde tinha saído com outra amiga as 2 da madrugada). 
Desprendida valorizava as pessoas,  as amizades. Torceu pela minha gravidez e curtiu comigo a gestação do Henrique como uma irmã e o chá dele foi a última festa que fizemos juntas. Tínhamos muito em comum e éramos diferentes em muita coisa, talvez por isso tenha se tornado  uma grande amiga e em pouco tempo construímos uma amizade que já parecia de muitos anos. Passamos juntas os últimos natais e ano novo, o último na casa dela foi muito especial,  já estávamos programando o próximo.  Ela era parte da minha família.
Enquanto esteve internada ainda pude sentir o poder da oração, da esperança, das amizades, me emocionar com a solidariedade das pessoas e me aproximei mais de Deus por causa dela. Fiquei tão emocionada quando falei com ela por telefone que acabei não dizendo o que gostaria. Infelizmente a resposta de Deus não foi a que eu gostaria, mas confio que foi o melhor pra ela.
Ainda choro, quando lembro dela, não consegui muito ânimo pra fazer em casa a festa do Henrique (afinal todas as festas que fiz tive sempre a parceria dela e sentar pra fazer as coisas me traz muito forte a lembrança dela e a sua ausência).
Essa era a Fabi, minha amiga que Deus me deu o privilégio de conhecer, amar e que deixou pra sempre sua marca na minha vida.
O sentimento de hoje é muita saudade, saudade doída.....
Vem logo Senhor , vem logo!

Um pouquinho de tudo que me lembra você....








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