quinta-feira, 24 de julho de 2014

Relato de parto 3 - Primeiros sinais e ida para o hospital

Acordei às 3h da manhã.  Tinha dormido no sofá ( no final da gestação sempre dormia a primeira parte da noite no sofá por causa da azia que voltou a me atormentar). Estava com uma cólica chatinha e decidi ir pra cama tentar dormir e ver se passava,  nada.  Resolvi tomar um banho quente, se a cólica passasse era só alarme falso. Depois de alguns minutos de banho a cólica se manteve, o sono foi embora e decidi voltar para o sofá e assistir televisão. Senti então uma cólica mais forte, um incômodo que logo passou. Depois de 20 minutos senti novamente,  mais 20 minutos e outra. Eram 4:30 da manhã e decidi chamar o marido. Tadinho acordou meio assustado e perdido, conversamos e decidimos ligar pra doula.
A Thais me atendeu, contei o que estava sentindo e ela me orientou a tentar dormir entre cada contração, descansar pra poupar forças, qualquer mudança ligar de novo. 
Marido emocionado e assustado falou: Vai ser hoje então que vamos conhecer o Henrique? Respondi ansiosa, um pouco assustada e feliz: acho que sim.
Decidiu levantar, tomar banho e terminar de colocar na mala o que faltava ( já estava com as malas prontas , mas tinha feito um check list de coisas que precisavam ainda separar e levar pra maternidade).
Enquanto ele tomava banho deitei e não consegui dormir. Baixei um aplicativo para acompanhar duração e tempo entre cada contração. Quando marido saiu do banho estava com contrações de 8 em 8 minutos com quase um minuto de duração e elas estavam cada vez mais doloridas.
A meu pedido marido ligou pra Doula. Ela resolveu vir me encontrar em casa e me orientou a tomar outro banho.  Nesse momento tinha contrações de 5 em 5 minutos.  No banho a dor ficou mais forte e o espaçamento ente contrações diminuiu para 3 minutos.
Pedi pra ele ligar novamente pra Doula.  Eram 6 horas e eu estava com bastante dor, contrações ritmadas. Era hora do rush em São Paulo, até ela chegar na minha casa e depois seguirmos pra maternidade levaria muito tempo.  Eu estava assustada com a rapidez na progressão do trabalho de parto e queria ir logo para o hospital. Combinamos então de nos encontrar lá.  Fui vestir uma roupa e tentar ajudar o marido a terminar a mala. Mas por causa da dor estava bem incomodada. Confesso que saí sem maquiagem,  de cabelo molhado mas naquele momento isso não tinha a menor importância.  Tinha lido muitos relatos de parto e muito sobre cada fase do parto e só conseguia pensar que tava rápido demais, que não tive tempo pra ir me acostumando com a dor de cada contração.
Nesse meio tempo marido terminando de organizar as coisas vinha me perguntar algo e ouvia sempre um, não muito amistoso, faz o que achar melhor.
Tentei me concentrar no meu corpo, vocalizar e lembrar que tudo o que estava sentindo dizia que Henrique ia chegar logo.
Saímos de casa as 6:30 da manhã de uma terça-feira.  Moro na zona sul e nesse horário ir até o hospital significa enfrentar muito trânsito. (Aqui deixo uma dica: Quando estava com 38 semanas tiramos um domingo para ir ao hospital fazendo a rota que usaríamos caso precisássemos ir ao hospital no horário do rush,  lá andamos pela região ao redor do hospital verificando preços e localização de diversos estacionamentos e escolhemos qual usaríamos. Tínhamos o plano de solicitar a uma viatura policial escolta caso houvesse necessidade.  Isso é muito importante pois se isso não tivesse sido pensado antes teria gerado mais um estresse num momento em que estamos muito ansiosos e concentrados em outras coisas).
Logo ao sair de casa a primeira importante avenida estava parada inclusive o corredor de ônibus.  Pegamos nossa primeira rota alternativa. Marido com o pisca ligado ia indo na contra mão,  eu concentrada nas contrações,   sem conseguir acreditar que algumas pessoas dificultavam nossa passagem. Um homem em um carro fechou nosso carro impedindo que continuássemos pela contra mão,  nesse momento eu que estava no meio de uma contração,  baixei o vidro e gritei: Eu estou em trabalho de parto será que dá pra o senhor sair da nossa frente!!! O homem me olhou assustado (marido tadinho não reconheceu a esposa, certeza que queria rir, mas deve ter achado mais seguro se conter), e deixou nosso carro passar. Continuamos na contra mão até retornarmos pra Avenida.  Demos de cara com um agente da CET marido parou explicou o caso e ele disse que podíamos seguir pelo corredor, que não nos multaria, mais adiante outro agente nos viu, percebeu o que estava acontecendo e nos mandou atravessar a ponte pela faixa reversível.
Nova avenida seguimos pelo corredor e encontramos uma viatura da polícia militar em trânsito.  Encostamos ao lado deles e solicitamos escolta para o hospital,  eles pareceram não entender ou não estar muito dispostos a nos ajudar, pedi então ao marido que deixasse pra lá e continuamos.  Mas aí a viatura nos seguiu, perguntaram pra qual hospital íamos, ligaram a sirene e fomos seguindo.  Daí em diante foi tranquilo,  os carros iam abrindo passagem, paramos importantes Avenidas da zona sul de São Paulo só pra gente passar. Marido depois falou que achou tudo muito legal, tava se achando. Eu só pensava que graças a Deus eu ia chegar logo ao hospital e ficaria mais confortável. Chegamos ao hospital pouco depois das 7h da manhã (tempo recorde até em horário sem trânsito).
O carro de polícia parou na nossa frente e enquanto um dos policiais anotava os dados do meu marido o outro veio me dar o braço para entrar na maternidade.  Isso também ajudou pois quando o rapaz da recepção me viu entrar apoiada pelo policial me mandou direto pra admissão e o policial mesmo deixou dentro do consultório (eu vi mulheres em trabalho de parto serem obrigadas a preencher ficha de internação,  respondendo perguntas entre cada contração, ninguém merece!).
Como chegamos muito rápido ninguém da equipe médica havia chegado. Na admissão me perguntaram várias coisas sobre a progressão do meu trabalho de parto (vale ressaltar que até então não havia percebido perda de líquido amniótico em nenhum momento por isso acreditava que minha bolsa ainda não tivesse rompido), quem era meu médico e fizeram meu primeiro exame de toque. Estava com 3,5 cm de dilatação e bolsa rota. Ela voltou a perguntar sobre perda de líquido e ressaltei que não percebi em nenhum momento.  Os batimentos cardíacos do Henrique estavam bons. Perguntei o que era bolsa rota e me disseram que minha bolsa já havia rompido.  Ligaram para meu médico e começaram a me preparar para subir para o pré parto.  Nesse momento a auxiliar de enfermagem pergunta pra enfermeira: Tricotomia? Eu já estava pronta pra não permitir essa intervenção, mas a enfermeira logo respondeu: não ela é paciente do Dr Alberto Guimarães, é parto humanizado, não precisa. Nesse tempo todo fiquei sozinha porque marido foi levar o carro pro estacionamento e ninguém da equipe médica tinha chegado,  afinal só eu tive escolta policial e  fui atendida super rápido acho que foram 15 ou 20 minutos pra avaliar e subir pra o pré parto.

quarta-feira, 16 de julho de 2014

Relato de parto 2: A Gestação e a Escolha da Equipe

Como já estava ciente de que a equipe certa era fundamental para garantir um parto normal humanizado, mesmo antes de engravidar, já estava a procura da equipe que me acompanharia.  Uma condição fundamental pra mim, para a escolha do médico é de que ele não fizesse episiotomia como procedimento padrão.  Havia pesquisado muito nomes de médicos e comecei a ligar, mas os valores com os quais me deparei me assustaram e tornavam a possibilidade de ser atendida por uma equipe assim distante.  Um parto domiciliar ou em casa de parto estava fora de cogitação, porque eu precisava do apoio do meu marido e até aquele momento, era difícil pra ele entender até a necessidade de uma equipe comprometida com o parto normal humanizado, que dirá apoiar um parto domiciliar.  Para ele só o hospital era seguro e o médico não era assim tão importante. 
Foi então que descobri em uma lista o nome do Dr Alberto Guimarães ,  não estava entre os famosos,  mas li alguns artigos dele defendendo  a episiotomia como procedimento desnecessário na grande maioria dos casos, encontrei o site dele com(Parto sem Medo) relatos de parto e artigos que falavam exatamente aquilo que eu acreditava sobre parto. Muito importante também foi saber da possibilidade de fazer todo o pré natal pelo meu plano de saúde,  o que já amenizaria muito os gastos, faltava saber o valor do parto.
 Na primeira consulta marido foi contrariado, porque era Muuuuuuuuito longe, o médico atrasou porque tinha feito um parto de manhã atrasando todo o consultório (com médico que faz parto normal é assim mesmo, às vezes vc tá saindo pra consulta e ela é cancelada porque ele foi atender um parto, outras você espera um tempão porque ele atrasou por causa de um parto, porque os nenês nascem quando estão prontos,e não na hora mais conveniente para o médico e pacientes), fiquei preocupada porque marido tava cada vez mais incomodado.  Então entramos no consultório dele, uma música gostosa de fundo, um sorriso acolhedor,voz tranquila,  foi só conversar com Dr Alberto que o gelo começou a quebrar, ele nos explicou seu trabalho, falou do seu percurso de médico cesarista até um médico humanizado, tudo sem pressa, tirando todas as nossas dúvidas, conversamos sobre valores e finalmente encontrei um valor possível com planejamento. E ali na primeira consulta ele fez um ultrassom e nos deu a grande notícia,  tinha um embrião e ele tinha batimentos cardíacos.  Saímos felizes e o marido me acompanhou em todas as consultas do pré -natal e puerpério.
Em alguns dias no consultório acontecia a sala de espera informada com conversas com a doula, obstetriz ou nutricionista. Marcava minhas consultas sempre para esses dias.
Meu pré natal foi tranquilo, sem exames de toque, poucas ultrassonografias, sem exames desnecessários,  consultas tranquilas, informativas e sem pressa. Ainda no começo me lembro de ter feito uma sabatina com o Dr Alberto, queria ter certeza de que não seria enrolada, me falou duas condições em que ele indicaria cesária e que se fosse necessário, esperaríamos entrar em trabalho de parto,  sem agendamento.  Então ele me disse algo que me fez ter certeza de que seria ele meu médico: Sharline você não precisa se preocupar em brigar por um parto normal, porque eu serei o primeiro que brigarei pelo seu parto normal. Ali me senti segura e me entreguei. Não pude participar das reuniões mensais com a equipe e não fiz os cursos,  por isso acabei conhecendo a equipe bem no final da gestação e isso eu faria diferente. Com 34 semanas conheci a Doula que me deu várias orientações e então comecei a fazer massagem perineal pra me preparar para o parto, não pude fazer a preparação com epi-no, mas acho que quem puder se programar vale a pena. Fiz pilates por alguns meses e também super recomendo.
Quanto ao enxoval muitas coisas não saíram como o planejado, fiz com o marido a viagem para comprar fora o enxoval e foi uma delicia. Em contrapartida iniciamos uma reforma na casa pra qual nos mudaríamos, que não ficou pronta,  assim tivemos que continuar no nosso apartamento, que ficou apertado. Não fiz decoração no quarto e os móveis do Henrique chegaram uma semana depois do parto e até hoje,  mesmo na nova casa o quarto dele não tem a decoração planejada. Isso tudo foi bom pra eu perceber que meu filho não precisava mesmo de muita coisa.
A minha gestação foi muito tranquila, tive enjôo no começo não passava mal, mas me sentia enjoada por todo o dia, foi controlável era só não ficar sem comer e se me sentisse muito mal, um pão de queijo com suco de laranja sempre resolvia. Cuidei muito da minha alimentação, cortei chocolate, cortei muito o açúcar,  inclui mais frutas, integrais e diminui as minhas porções porque estava acima do peso. Ganhei só 4.8kg durante toda a gestação, me senti disposta até o final, não fiquei super inchada. Só tive que lidar com uma azia muito forte, que só foi possível controlar com medicação. Procurei ficar tranquila,  apesar de todas as tristezas que vivi neste ano, pois perdi pessoas muito queridas, a última delas 4 dias antes do parto. Mas acho que tudo que vivi valeu pra o Henrique já ir vivenciando emoções tão comuns à vida.
É preciso também ressaltar a transformação do marido, pra ele parto domiciliar era loucura, perigoso e parto normal era legal quando dava certo e essa historia de humanizado era bobagem e era caro muito caro. Sempre falava que não queria assistir ao parto e cortar o cordão jamais credo. Depois que passamos na primeira consulta ele gostou do médico, então informou-se sobre parto humanizado, comprou a idéia e me apoiou incondicionalmente, até ficou por horas comigo fazendo as lembrancinhas do Henrique, um companheirão. Com 36 semanas assistimos  o filme "O Renascimento do Parto" e foi um divisor de águas,  ali ele se entregou, chegamos a cogitar um domiciliar, mas achamos melhor seguir o plano original que era o que nos fazia sentir mais seguros. 
Com 39 semanas e 3 dias,  passei em consulta, foi feito o único exame de toque do pré natal,  estava com 1cm de dilatação, Henrique na posição,  era só esperar e voltar na semana seguinte. Era lua cheia e no dia seguinte meu tampão começou a sair, falei com a obstetriz que me explicou que era o corpo se preparando. Continuei tranquila, durante a semana sentia a barriga endurecer às vezes, mas nada de dor. No sábado acordei com uma cólica forte (39 semanas e 6 dias), fiquei deitada quietinha junto com o marido e a cólica passou, acho que o corpo entendeu que aquele não era um bom dia. Sentia contrações indolores, barriga dura, muitas vezes por dia. Fui no meu curso de dança circular na segunda-feira (40 semanas e 1 dia), mas não dancei todas as músicas porque me sentia cansada e tava com medo de entrar em trabalho de parto ali. Saí antes pra não pegar trânsito. Eu ainda estava dirigindo sem dificuldades, mas ficava com medo de entrar em trabalho de parto sozinha. Naquele dia marido disse que agora ele ia ser meu motorista, que era melhor eu não dirigir mais, ele me levaria para o trabalho (eu trabalhei até o último dia porque queria usar toda a licença com o Henrique) e depois buscava ou eu voltava de carona, mas nada de dirigir. Jantamos uma pizza e fomos dormir............


Relato de Parto 1 - Meu Caminho até um Parto Humanizado

Desde que o Henrique nasceu tenho ensaiado escrever esse relato, mas com bebe e mudança a vida ficou corrida. Mas o relato tava aqui na cabeça só faltava ser escrito e desde comecei a pensar em como escrever decidi que ele tinha que começar muito antes do dia do parto, pois muitas coisas que aconteceram antes foram fundamentais para que meu parto fosse exatamente como foi.
Há pouco mais de 5 anos atrás minha cunhada engravidou e foi a primeira vez que acompanhei uma gestação e suas questões mais de perto. Curti muito a gestação dela e fui a diversas consultas do pre natal com ela. Na época a frase "Vc quer normal? Faço com certeza se tudo correr bem com a sua gestação" era a coisa mais normal do mundo pra mim. Sempre acreditei que parto normal era dificil que eu teria que fazer muito exercicio, que nem todas as mulheres eram capazes e que, talvez como minha mãe, eu sequer entrasse em trabalho de parto. Minha cunhada queria normal. Ela morava em outro estado, veio ter o bebe perto da mãe e com o obstetra fofo e competente que tinha feito os partos normais da mãe dela.
No fim da gestação ele quis marcar a cesárea para que tivéssemos certeza de que meu cunhado assistiria ao parto. Minha cunhada não quis, ela queria o normal e queria entrar em trabalho de parto para garantir que meu sobrinho tava pronto pra nascer. Ela entrou em trabalho de parto num sábado, chegamos ao hospital à noite, meu cunhado estava há umas três horas de viagem, minha cunhada estava no inicio do trabalho de parto. O obstetra fez um exame de toque, não disse quanto de dilatação e disse achar ser mais seguro uma cesária, minha cunhada pequena, o bebe era muito grande.
Acompanhei a cesária dela, a bolsa rompeu enquanto ela era preparada para a cirurgia. Foi amarrada com os braços esticados em cruz, um pano não permitia que nada fosse visto. Meu sobrinho nasceu e foi levado pra uma sala ao lado, ele chorava pouco e era aspirado e avaliado e minha cunhada foi ficando ansiosa, preocupada me perguntando o tempo todo se ele estava bem. Depois de alguns minutos trouxeram meu sobrinho todo enrolado, mostraram de longe pra minha cunhada e levaram embora. Ela desceu pro quarto e ele foi levado pra mamar, a enfermeira sem o menor tato atrapalhando o primeiro encontro dos dois reclamando do fato de minha cunhada não ter bico. Meu cunhado chegou umas 2h depois que meu sobrinho nasceu. O médico sequer esperou ele.
Essa situação me fez reforçar em mim o quanto eu queria um parto normal. Quando engravidei dois anos depois iniciei meu pré natal com a certeza de que teria um parto normal. Mas ainda tinha poucas informações e talvez se aquela gestação não tivesse sido anembrionada eu não teria vivido o parto da forma como eu realmente queria. Naquela época meu foco era o enxoval, viajar e fazê-lo fora do pais e durante minhas pesquisas entrei em contato com a blogosfera materna pela primeira vez. Foi ali que encontrei apoio depois da minha curetagem e foi então que comecei a ler sobre parto humanizado, procedimentos desnecessários com o bebe, parto em casa, empoderamento, protagonismo. Depois disso tive mais um aborto e demorei ainda 2 anos e meio para engravidar do Henrique. Durante esse tempo me informei li muito sobre o assunto, meus horizontes se alargaram e eu me fortaleci e decidi que eu não queria apenas um parto normal, eu queria que ele fosse humanizado.
Nesse meio tempo minha cunhada engravidou e guerreira lutou por seu VBAC, informou-se, empoderou-se, enfrentou o médico e peitou um parto normal num hospital despreparado para acolhê-la naquele momento,sem nenhum cuidado para o alívio da dor, com o apoio apenas do meu cunhado. Quando o médico chegou minha sobrinha estava nascendo, foram para o centro cirúrgico as pressas. Mas nunca vou esquecer a ligação emocionada dela para mim pouco tempo depois dizendo: "Sharli minha filha nasceu as 7:30 de parto normal!" Chorei de felicidade porque sabia o quanto aquilo era importante pra ela, o quanto lutou sozinha por isso. Obrigada pelo exemplo cunhada.
Foi tanto amor, emoção e ocitocina, que foi na semana que minha sobrinha nasceu que, depois de 2 anos e meio de tentativas, finalmente engravidei!

quinta-feira, 10 de julho de 2014

10 meses e muito amor!!!!!

Está passando rápido demais,  meu filho. Parece que foi ontem que eu te trouxe pra casa tão pequenininho,  sem saber direito como cuidar de vc!  Tão frágil, .
Já se passaram 10 meses e não dá nem pra acreditar, você está grande,  cumprido,  ativo, esperto, só não perde essa gostosura e o efeito "ai que vontade de morder" que você me causa várias vezes por dia. Fico aqui olhando você mamar quase dormindo,  sua mão enorme, você quase não cabe mais no meu colo.
Esse mês você descobriu como é bom ficar em pé,  aprendeu a trocar passos e agora não quer mais saber de ficar no chão,  quer andar,  explorar o mundo.  Começou improvisando um andador no puf da poltrona e agora anda pra lá e pra cá no brinquedo que a Louise te emprestou. Já esta quase engatinhando, achei que hoje ia, foi quase. Começou a tentar beber água no copo, aceitou e conseguiu comer alimentos um pouco mais sólidos (biscoito de polvilho e bolacha de maisena), aprendeu a chupar laranja,  e esta comendo papas mais firmes e com pedaços.
Tá cada dia mais falante, e seus sorrisos, risadas e carinhas de sem vergonha derretem nosso coração.  Você e a Nina estão cada dia mais amigos brincando juntos.  Assim que você aprender a engatinhar ela tá frita, vai cansar de fugir de você.
Esse mês voce foi dedicado a Deus numa bela cerimônia com um delicioso almoço com muitas pessoas que amam muito você.
Você continua acordando muito à noite,  mas ja deu algumas noites de sono mais tranquilo pra sua mãe,  de qualquer forma tem sido uma delícia ter voce dormindo no meio do papai e da mamãe e vrr sua carinha de felicidade quando acorda de manhã e percebe que estamos os doiscom você.
Olhando pra você agora dormindo tão tranquilo aqui no meu colo, tão em paz, meus olhos se enchem de lágrimas em pensar em tudo que já vivemos até aqui, não foi sempre fácil,  ainda aprendo muito com você a cada dia.  Mas só posso agradecer o privilegio de ter você na minha vida,  ser sua mãe,  não exatamente aquela que eu achava que seria, mas a mãe possível e espero que exatamente a mãe que você precisa.
Junto com você cresce cada dia mais dentro de mim o amor por você.  Cresce filho e vou continuar aqui curtindo ao máximo meu bebê que tá começando a ter carinha de menino. Te amo muito filhão!